quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Conhecendo minha caminhada desde o começo...

Euzinha...



Aos 8 anos mais ou menos uma tia chamada Irene (in memorian) começou a frequentar uma igreja evangélica, Assembléia de Deus, alíás, que eu me lembre, naquela época só existiam mesmo Assembléia e Batista. Bom, era o único lugar que meu pai me deixava ir. Então, pelo menos uma vez por semana eu acompanhava minha tia à igreja, um momento com mais frequência outro com menos. E isso durou alguns anos.
Já na adolecência, achava crente uns chatos, e um amigo meu, que era "ex algumas coisas" e recém convertido, me "enchia o saco" pra visitar a igreja dele, que era quase ao lado de onde morava (nessa época eu devia ter uns 14 anos e meus pais já estavam separados e eu morava com minha mãe). A Igreja Nova Vida. Toda semana ele quase que me arrastava pra igreja, eu até gostava ( e pensava: essa igreja tudo bem, porque jamais frequentarei uma assembléia ou batista, igreja de velhos, que ficam cantando aqueles hinos chatos da harpa. Nessas alturas do campeonato, já faziam anos que não ia mais à igreja com minha tia), mas, não levava muito a sério, nem me envolvia, afinal, eu ainda tinha muito o que viver, e na maioria das vezes, era sábado o culto de jovens e eu saía de lá direto para alguma festinha ou casa de amigas num outro espírito.

"Sofri muito com a separação dos meus pais, pois é, os filhos são os que mais sofrem... Comecei a namorar cedo demais, com 15 anos já estava estudando a noite e trabalhando, afinal, queria ser independente. andei indo a algumas cartomantes, mas nunca levei muito a sério.  Comecei a beber (cerveja), a fumar cigarros, experimentei maconha, mas, graças a Deus isso nunca foi a minha praia, e não passou disso. Conforme o tempo ia passando eu achava que não tinha graça alguma sair e não beber, não era divertido ficar sóbrio..." (Gente, quero deixar claro que eu bebia uma vez por semana, ou duas no máximo, quando tinha alguma festa ou quando saía com amigos. O meu problema era a quantidade, pois quando começava a beber não queria parar.

Com 18 anos, conheci meu marido, foi uma paixão avassaladora, largaria tudo pra ficar com ele e vice-versa, e começamos nossa vida juntos. Ele então com 27 anos, com dois filhos, ex-mulher e cheio de problemas. Mesmo parte da minha família sendo contra, não conseguia me disvencilhar dele, havia um imã que nos grudava. Passamos por altos e baixos juntos, em todos os sentidos, mas nunca pensamos seriamente em nos separar. Após 6 anos juntos veio a primeira benção, estávamos esperando nosso primeiro filho. O Mauricio, mesmo nome do avô paterno, mas, foi de comum acordo, sempre gostei desse nome. Ainda grávida, veio a segunda benção: conseguimos dar entrada e comprar nosso primeiro apartamento.
E quando o Mauricio estava com mais ou menos 2 aninhos, um sobrinho meu, o Arthur, que estava amarradão em Jesus, me fez um convite para ir, dizia ele: "em uma reunião". Fui. Gostei  do clima, me apaixonei por algumas pessoas. Era um grupo, a maioria jovens, que se reuniam para louvar e estudar sobre a Bíblia, havia um pastor, faziam parte de uma denominação chamada "A Família". Eram realmente como uma família que se amavam, brigavam, choravam. E foi frequentando essas reuniões que conheci o Deus vivo, que aprendi muito sobre Jesus e a palavra de Deus. Comecei a ler a Bíblia, decorar versículos, cheguei até a dar aulas. Por algumas incompatibilidades, me afastei. Depois descobri que era uma "Seita", bom se era, não mais me importa, pois Deus usa quem Ele quer, na hora que quer e foi exatamente neste lugar que conheci Jesus, foi lá que Ele quis que eu O conhecesse. Mas, depois de ter vivido tudo aquilo, agora eu já não era como uma criança, já não podia dar desculpas esfarrapadas, já conhecia muito bem a palavra, mas, mesmo assim, depois de ter ficado por volta de 2 anos sem beber e fumar, voltei a fazer tudo de novo, talvez até com mais intensidade, mas, sempre com a conciência pesada. Ia  aos cultos na Igreja Sara Nossa Terra, frequentei por algumas vezes as células, mas, continuava a procura de algo (acho que era só desculpas).
Quando o meu filho tinha 5 anos, resolvemos nos casar. Casamos no civil e na igreja Sara Nossa Terra, mas, mesmo assim a  frequência só diminuia. Na verdade, ficava com um pé dentro e outro fora da igreja. Não queria deixar de fazer as coisas que me "davam prazer" aqui fora, não queria compromisso pra não ser cobrada depois.

"Meu marido, o Marco, sempre foi católico, fez primeira comunhão todas as outras coisas que se fazem na igreja católica, a avó dele era fervorosa na igreja, então, ele ia sempre com ela, mas nunca deixou de apenas esquentar o banco, tanto que, quando fui pra "A Família" ele viveu todas as coisas que eu vivi: o amor das pessoas, a presença de Deus em nossas vidas...e, a falta de vontade de deixar de fazer coisas que não nos levaram a nada..."

Passaram-se alguns anos, alguma coisa começou a me incomodar (hoje acredito que Deus permitiu que eu fosse incomodada). O prazer da bebida, das farras já não me deixavam tão feliz como antes. Comecei a ter "pesadelos" sempre que bebia, tinha ataques espirituais fortíssimos, coisas horríveis mesmo (qualquer dia eu conto em detalhes). Meu marido costumava me dizer: "Se acontecesse comigo metade do que acontece com você eu já estaria na igreja há muito tempo..."

Em Outubro de 2009, após termos passados por um ano muito difícil no nosso casamento (esse testemunho eu darei depois), fomos convidados à participar de um "Encontro de Casais", na igreja Assembléia de Deus de Bonsucesso), aceitamos o convite, (e eu com "aquele" pensamento: Caracas, encontro, Assembléia, vai ser um saco!), pois faríamos qualquer coisa para que nosso casamento fosse fortalecido.
Foi aí, que além da GRANDE SURPRESA, do encontro ter sido maravilhoso, surpreendente e muito além do que poderíamos imaginar, a imagem que eu tinha da "Assembléia" caiu por terra. Pois vi uma igreja renovada, com muitos jovens e crianças, uma igreja alegre, um pastor querido demais com suas ovelhas. Sinceramente gostei muito dessa igreja, fizemos o curso pós encontro "Casais com Cristo", mas mesmo assim "não era a Assembléia a igreja que eu frequentaria".

Resolvi parar de beber definitivamente, mas, as vezes decidia beber só um copinho, e acabava "enchendo a cara", uma ponte para os "ataques" voltarem.
Decidi que não só iria parar de beber, não só iria ler a palavra e tentar seguir os mandamentos, mas, iria procurar uma igreja, para me fortalecer, me alimentar, ter um ministério, ser batizada... Foi quando a Fabiana, uma amiga lá de trás, da época da "Família" me convidou para uma célula, na casa dela, da igreja na qual ela está hoje. Como era bem pertinho da minha casa, aceitei o convite e fui. Amei. A pastora, uma mulher muito usada por Deus, deu uma palavra muito linda. E o melhor disso tudo: Ali também, reencontrei a Manu (Essa é para os curiosos que querem saber como reencontrei a Manu, rsrs). Eu a conheci naquela época também, mas, não ficamos grandes amigas, pois frequentávamos a "igreja do mesmo pastor", mas, células diferentes, então, só nos víamos em festas e não tínhamos a mínima intimidade.
Bom, a Manu entrou na minha vida num momento único. Descobrimos que estávamos em busca das mesmas coisas, nos identificamos demais e a amizade foi crescendo. Temos um filho da mesma idade, até nossos maridos "são parecidos". E decidimos que íamos a procura de uma igreja. Juntas, resolvemos que ficaríamos na mesma igreja, tudo seria perfeito. Mas, nós queremos o perfeito e Deus quer o certo para nós.
Bom, fomos em todas as igrejas que se possa imaginar: na Batista Central da Barra, na Nova Vida da Barra, na Sara Nossa Terra do Recreio (essa foi a mais engraçada. Quando soubemos que abriria uma Sara aqui no Recreio, pulamos de alegria e dizíamos uma para outra: É nessa que vamos ficar, tenho certeza. Uma igreja como queremos, pequena, começando, com poucos membros. Fomos animadíssimas num domingo de manhã, e Deus falou claramente aos nossos ouvidos que NÃO SERIA ALÍ. Demos pulos de alegria, dessa vez, por termos sentido juntas as mesmas coisas, e por não ter dúvidas que não seria alí), na Bola de Neve da Barra, na Mananciais do Recreio, na Semente de Fogo de Botafogo. Ela foi em outras sem mim e eu  fui sem ela, ainda na Batista do Recreio, na Comunidade Evangélica de Nilópolis do Recreio, na Fonte da Vida de Jacarepaguá e do Recreio, ainda fui à uma Assembléia nova que o Silas Malafaia acabou de inaugurar aqui na Genaro.
Bom, e aí???
A Manu está congregando na Mananciais, que é perto da minha casa, dá pra ir a pé.eu, pasmem, na Igreja Batista Central da Barra. E estamos amarradonas, em igrejas separadas, mas, juntas SEMPRE!!!
Só pra dizer que muitas vezes achamos que isto ou aquilo é o melhor, por puro comodismo, e mais a frente vamos sentir que só Ele sabe o que é o melhor e o certo para nossas vidas.

Que Deus continue presente em todos os momentos. Amém.

Um comentário:

  1. Que história abençoada amiga!! Deus tem um plano pra cada um de nós e vc sabe q ELE tem um contigo maravilhoso Lenice. Muitas vidas conhecerão a Deus através de ti!! Vc é uma benção!!

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